quarta-feira, 8 de abril de 2009

Breves Momentos: Entrega-te

Deixa a reserva para trás,
Olha-me nos olhos e entrega-te,
Não temas a angustia porque nao a sentirás,
Esquece o que te consome por dentro,
Ouve o meu coração,
Lê o que os meus olhos te dizem,
Lembra-te das letras que a minha boca soletra,
Afasta essa nuvem e deixa o sol brilhar...

Confia em nós!

porque o meu amor é sincero e é para ti...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Conversando contigo


Sabes meu amor, hoje pensei em ti
Por acaso ontem também,
Amanhã tenho previsão de que também o farei...

Preencho o pensamento com desejos nossos,
Ouço a tua voz quando me sinto só,
Leio as tuas palavras e sinto-me flutuar,
Acordo docemente nos teus braços,
Não quero, nem me consigo levantar,
Tenho medo de estar a sonhar...

Sabes meu amor, hoje pensei em ti,
Naquilo que já vivemos,
Na excitação do telefone a tocar,
Na mensagem que te irei enviar,
Na noite que um dia teremos,
Nos filhos que iremos ver crescer,
No jantar à luz das velas,
No banho repleto de aromas,
Na Nossa musica que ainda não temos,
Nas férias que passaremos a planear,
No ninho que iremos construir,
Nos dias de desejo e nas noites de amor,
No chegar a casa depois do trabalho,
Em ver-te a brincar com as crianças enquanto faço o jantar,
Levá-los para a cama e a roupa lhes aconchegar,
Beijar-te enquanto me abraças ao serão no sofá,
Levar-te a conhecer aquilo que já vi,
Surpreender-te com uma palavra que muitas vezes te direi,
Fazer da tua vida a minha vida, e delas a NOSSA.

Sabes meu amor, hoje pensei em ti,
Que fazes tu ainda aí?

Breves momentos: Juramento

Quando chegares a mim,
Juro que prometo...
Não partir sem ti!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

"Ode" ao Verão (versão melhorada)


Saudades de ti,
das noites quentes e tardias,
da leveza subtil do lençol no meu corpo nu,
da seara que se estende,
da esplanada à beira mar,
do biquini na minha pele bronzeada,
do ruido alegre das crianças em férias,
do sol a brilhar no céu azul...

Saudades de te conhecer,
de te ver deitado ao meu lado,
de sentir o teu suor no meu corpo,
do arrepio do cubo de gelo na minha barriga,
da ventoinha a marcar o compasso da nossa união,
do teu sorriso breve...

Saudades do Verão,
porto de saber e conhecimento,
onde me encontras e me amas,
em que a tua voz me acordará com um beijo,
onde o telefone ficará esquecido,
e as nossas vidas unidas numa só...

Especialmente a ti... que me tens dedicado minutos deliciosos do teu dia!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pormenores

Gostava que visses o que os meus olhos têm para te mostrar...
Pormenores daquilo que vês dia após dia quando te prendes em generalidades...

Já viste o pormenor do teu sorriso?
O brilho do teu olhar?
Já reparaste nos teus desejos?
Já ouviste o teu coração?

Já sentiste o meu toque quando te consigo alcançar?
Já observaste a minha vontade de te beijar?
Já ouviste a minha voz à tua procura?
Já respiraste o meu perfume quando me falas ao ouvido?

Esquece as generalidades e vive os pormenores...
Vê o que os meus olhos têm para te mostrar,
O que a minha boca tem para te dizer,
O que o meu corpo tem para te dar...
Vive a vida ao pormenor!

Vertigens não é coisa de um pássaro

Lá longe vejo um bando, estas aves gostam de andar de um lado para o outro, hoje estão aqui, amanhã estão do outro lado do mundo, sabe-se lá o que trazem nos olhos. Se forem como eu só trazem árvores, nuvens, céu, outras aves, aviões... e pouco mais!
Desde pequeno que tenho um sonho, ser igual aos meus semelhantes, mas infelizmente há algo que me distingue: nunca pousei no chão, faço poucos desvarios nos meus voos mais radicais...
Todas as noites o sonho é o mesmo, olho para baixo e encontro um mundo de coisas novas, mas quando acordo as estrelas continuam ao meu redor e a lua à minha frente.
Hoje acordei disposto a colocar um fim a esta doença, "ter vertigens não é coisa de UM PÁSSARO", já dizia a minha mãe!
Será que eu vou conseguir olhar para baixo?!
Começo a imaginar o que será que existe lá, onde os meus olhos nunca chegaram... imagino flores coloridas, borboletas esvoaçantes, caracóis subindo o tronco da "minha" árvore, uma luz ténue, um cheiro a eucalipto e rosas, coelhos saltitantes, esquilos carregados de nozes, formigas trepando arbustos, bagas doces e deliciosas, e, quem sabe, o amor da minha vida...
Este cenário deslumbrante aguça-me a curiosidade e o desejo de quebrar este medo aumenta em mim.
Fixo as garras ao galho mais resistente que encontro e, de asas ligeiramente abertas, forço os meus olhos em direcção ao chão, uma vertigem faz-me sentar e fechar os olhos. Repouso e volto a sonhar.
Acordo determinado e sem pensar desvio o olhar na vertical em direcção ao longínquo solo.
As flores, borboletas, coelhos, esquilos... dão lugar a bandos, mas não de aves migratórias. Estes bandos não voam, andam, não cantam, gritam, não gozam da liberdade de hoje estar aqui e amanhã estar no outro lado do mundo. Vejo caixas coloridas e lusidias, uma nuvem cinzenta destaca-se das brancas que vivem ao meu redor. Se tomar atenção consigo ouvir um lamento triste a ecoar. Uma criança briga por um rebuçado, uma velhota deita-se na calçada e cobre-se como pode, homens e mulheres correm, uns para lá outros para cá.
Eu estou na "minha" árvore, e onde está afinal a "minha" árvore?
Consigo descer três galhos ainda a medo e com cautela, à minha frente estende-se agora uma enorme estrada repleta de caixas que se movem lentamente umas atrás das outras, ruidos estranhos penetrem pelos meus ouvidos ensurdecendo-me. À minha volta não se vê mais árvores, flores, nem mesmo arbustos.
Olhando aquele cenário desolador pergunto-me onde está o meu sonho? Onde estão as flores coloridas, as borboletas esvoaçantes, os caracóis subindo o tronco da "minha" árvore muito lentamente, os esquilos carregados de nozes...
Triste olhei para cima, entre a folhagem avisto o meu pequeno ninho, o meu refugio, já só penso em voltar para lá. Dou, em vão, mais uma vista de olhos à procura de algum pormenor que coincida com o meu lindo sonho mas aquela realidade que vejo é totalmente vazia de pormenores... abro as asas e, sem hesitar, subo, subo, e regresso ao azul do céu, este azul nunca foi tão belo, a nuvem alta nunca esteve tão branca e a folhagem da "minha árvore está ainda mais verde e brilhante.

escrito a 26 de Julho de 2007

Contributo para o livro "Se eu fosse um animal" da Associação Animais da Quinta - disponivel em breve.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Breves momentos: No limiar

No limiar da beleza estás tu.
Corpo nu, alma livre...
Aguardas-me com ternura
Recebes-me com um sorriso
Me prendes no teu abraço...

Estou a aprender a viver de novo...
Viver..., não apenas respirar.

Subir no monte e gritar
Sair à rua a chover
Abrir os braços e voar
Olhar o sol que se esconde
Enquanto namoro à beira-mar...

Estou a aprender a viver de novo...
Viver..., não apenas respirar.

escrito a 15 de Janeiro de 2009


Depois de uma desilusão voltamos a respirar mais forte...